De Salvador
As companhias interessadas em desenvolver tecnologias de robótica e automação industrial terão acesso em breve a dois supercomputadores capazes de executar trilhões de cálculos por segundo e realizar projetos de engenharia de alta complexidade. O Instituto Brasileiro de Robótica vai sediar dois supercomputadores em Salvador. Um deles será o segundo mais potente do país, perdendo apenas para os supercomputadores Grifo, da Petrobras.
O novo supercomputador receberá um investimento de US$ 32,1 milhões, feito pela BG Brasil, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo governo da Bahia. Com capacidade de 330 teraflops (ou 330 trilhões de cálculos por segundo), o supercomputador supera o Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualmente com capacidade de 258 trilhões de cálculos por segundo. Os supercomputadores da Petrobras têm capacidade de processamento de 1 petaflop (ou 1 quatrilhão de cálculos por segundo).
O supercomputador do Instituto será usado pela BG Brasil para o desenvolvimento da tecnologia “full wave inversion” (FWI), voltada ao processamento de dados sísmicos 3D e 4D. O objetivo é fazer um mapeamento mais detalhado da região do pré-sal para identificação de petróleo.
Adhvan Furtado, gerente do núcleo de estratégia do Senai Cimatec, disse que esse supercomputador também será usado para pesquisas de outras companhias no Brasil, exceto empresas concorrentes da BG Brasil, como a Petrobras. Esse supercomputador já está em fase de montagem e a expectativa é que ele comece a operar em seis meses.
Outro supercomputador do Instituto Brasileiro de Robótica terá capacidade menor, de 60 teraflops, e custará R$ 5 milhões. Esse equipamento será voltado ao desenvolvimento de protótipos e modelagem de robôs, e equipamentos para a indústria. A máquina será interligada ao Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad), uma rede de oito centros de computação instituída pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A expectativa é que esse supercomputador atenda às indústrias das áreas de mineração, biomedicina, energia eólica, robótica e processamento de imagens. (CB) (Valor Econômico, 01/11)
Fonte: (BRACIER)
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